1. William 'Fatty' Foulke
Nos campos de futebol, em Inglaterra, têm um cântico dedicado aquele avançado da equipa adversária que aparece acima do peso, com aquela curva sorridente na camisola, chama-se "Who ate all the pies?"(quem comeu todas as tartes?). Ë um clássico que vem desde finais do século XIX de uma homenagem dos adeptos do Sheffield United, ao seu icónico guarda-redes: William Fatty Foulke. Um autêntico "Armário" de 1,93 cm que no final de carreira, contava com nada mias nada menos do que, 153 kg na balança. No seu caso, os conceito de "cobrir a baliza" ou "fazer a mancha" eram literais. Há ainda quem diga que se converteu numa atração de feira popular e que desafiava crianças e adultos a marcarem-lhe um golo. Faleceu em 1906...de cirrose:o motivo do seu tamanho generoso, como podemos ver foram as tartes, especialmente as tartes whisky.
2. Neil Ruddock
Neil Ruddock sempre foi um daqueles defesas que assustavam um bocado. A sua personalidade, com tendência para psicopata (foi nomeado como sendo um dos 20 jogadores mais violentos de todos os tempos, o seu apelido era Razor - Navalha), desenvolveu-a em Milwall, clube de bairro da zona este de Londres, desses de poucos sorrisos. O Southampton foi a seguinte equipa ao qual se seguiram Tottenham, Liverpool, West Ham, Crystal Palace e Swindon...e conforme avançava a sua carreira, o seu corpo também continua em expansão. Retirou-se e converteu-se num estrela televisiva e até como ator. Uma personagem.
3. José Luis Chilavert
O guarda-redes paraguaio José Luis Chilavert sempre foi grande, muito grande. Durante a maior parte da sua carreira, com o clube argentino Vélez Sarsfield e com a seleção, foi grande no seu rendimento, um guarda-redes soberbo...marcava livres e faltas de forma excepcional. É o segundo guarda-redes mais goleador da história. No Zaragoza foi capaz de converter um penalti contra a Real Sociedad e, entretido com os festejos, permitiu que o Goicotxea fizesse golo no pontapé de saida do meio-campo. Um tipo peculiar, frontal e falador. Conforme a sua longa carreira progredia, o Chila ficou ainda maior, no sentido literal da palavra. Ainda que estivesse demasiado gordo não invalida que tenha sido, seguramente, um dos melhores guarda-redes do século XX.
4. Ronaldo
Quando o Ronaldo acelerava com a bola nos pés em direção à baliza, o golo era certo. A sua potência imparável produzia um fascinante efeito, o qual Jorge Valdano batizou como efeito manada. Há quem o considere o melhor avançado de sempre na história do futebol...e poucos argumentos podem contradizê-lo. Com o PSV, O barça, Inter, Real Madrid ou o Brasil, a sua forma de marcar golos era avassaladora. Pouco a pouco, o atleticismo exuberante dos seus primeiros anos passou a uma figura arrendondada que no Bernabéu apelidaram, carinhosamente, como el gordito. No Corinthians, já no retorno à sua carreira, a barriga já não era a mesma, desta feita já como uma "senhora barriga". Até chegou a participar num reality show dedicado a pessoas que queiram perder peso. Nunca lidou bem psicologicamente com a sua tendência para ganhar quilos, mas nunca perdeu o sorriso.
5. Paul Gascoigne
Se o Ronaldo foi o padrão de avançado gordinho, potente, veloz e goleador. Aílton Gonçalves converteu-se na sua melhor sequela. Formado no clube brasileiro Mogi Mirim, e após uma dececionante passagem pelo Tigres do México, Aílton explodiu no Werder Bremen, foi a contratação mais cara da história do clube alemão, máximo goleador da Bundesliga com 28 golos, campeão e vencedor da taça. Chamavam-no de Kugelbitz, um termo alemão que significa algo como BolaRaio. E esteve muito perto dos números conseguimos pelo lendário Rummenigge. Contratado pelo Schalke 04 no ano seguinte, passou pela Turquia, e por um sem fim de equipas, conforme decaía o seu rendimento e crescia o seu peso.
O avançado do Wimbledon, Inglês, nascido no bairro londrino de Islington, é um caso à parte. Não se trata de um futebolista que ganha peso com o passar dos anos. Na realidade, o protótipo de gordo forte que parece qualquer coisa menos um futebolista: um jogador de rugby, um boxeur, um lutador de greco romana, um defesa de futebol americano... Mas não, Akinfenwa conhecido como " The Mole - a toupeira", é na realidade o ponta de lança do Wimbledon. Um frequente marcador, de movimentos rápidos e com um bom jogo aéreo, não se sabe se mais pela potência de salto (é preciso bastante para elevar um corpo de 103 kg) ou pelo efeito dissuasor que produz face aos adversários, pelo medo do choque, isto porque, chocar contra o Akinfenwa em corrida, deve ser como ter um acidente de automóvel.